
O modelo de vendas por marketplace já está consolidado no país. Gigantes como Americanas e Magazine Luiza adotaram nos últimos anos a modalidade, enquanto Mercado Livre e Amazon já nasceram em marketplaces e lideram as vendas no varejo online. As vitrines desses grandes varejistas têm servido de canal de entrada para que as pequenas e médias empresas (sellers) anunciem seus produtos em paralelo com os concorrentes, trabalhando ou não com exclusividade.
Pesquisa realizada no Brasil em 2021 pela Bornlogic e a Opinion Box, concluiu que os marketplaces possuem 72% da preferência de compra pela internet, ficando atrás apenas dos sites e lojas online (74%).
Segundo levantamento da Ebit/Nielsen, no primeiro semestre de 2021, somente nos marketplaces foram movimentados mais de R$ 53 bilhões de reais no Brasil, 31% a mais do que no semestre anterior. Em 2020, esse modelo de negócio foi responsável por 78% do faturamento do e-commerce no país.
Os números apresentados são animadores, ainda mais considerando o cenário econômico desafiador, mas o desempenho nos negócios dos sellers e marketplaces precisa e pode ser melhorado. Recentemente, a Fiserv e outros players do setor se reuniram, a convite do portal E-Commmerce Brasil, para discutir soluções capazes de fortalecer ainda mais as plataformas de economia compartilhada e seus vendedores.
Abaixo, um resumo das principais propostas registradas no relatório do Comitê de Marketplace E-Commerce Brasil.
Relacionamento entre marketplace e seller
Os marketplaces precisam fornecer recursos para que o seller se adapte a cada plataforma em que ele está inserido. O seller precisa criar estratégias diferentes para cada um dos marketplaces e, para isso, a utilização de integradoras e parceiros de tecnologia que facilitam a gestão simultânea de mais um canal pode ser um caminho de fácil adoção.
As plataformas devem estimular os sellers a testar todos os serviços disponíveis, sem que o foco seja apenas preço, como logística, crédito e publicidade. Com isso, o negócio poderá ser visualizado no todo indicando pontos fortes e fracos da cadeia de valor, tornando visível o valor agregado que está por trás do marketplace, incluindo a questão do branding e experiência do cliente. Por isso é necessário avaliar e utilizar novas propostas de valor não orientadas unicamente pelo preço.
Métricas e foco no treinamento
Para que os sellers tenham um entendimento mais amplo das potencialidades de seu negócio de forma mais eficaz, os marketplaces devem desenvolver métricas simples que permitam dar uma visão do todo.
Os treinamentos devem ser voltados para os produtos e não somente na oferta. Também é importante que recebam orientações com detalhes operacionais sobre o funcionamento do cadastro de produto, elaboração de notas específicas, orientação para a melhor na precificação, foto, e título para cada perfil de cliente.
O que vem de novo na área de gestão financeira
Mais oferta de serviços financeiros ao vendedor, como antecipações de recebíveis e empréstimos. Estar integrado com as principais carteiras digitais para oferecer essa facilidade de pagamento, além de iniciativas ou programas de cashback e podem agregar valor no marketplace e facilitar as transações do dia a dia.
Como alavancar mais usando o Ads?
Entender o comportamento do usuário para saber como ele será impactado também pode facilitar a vida do seller e os marketplaces devem oferecer soluções pensadas neste mapeamento, incluindo dados específicos relevantes que possam contribuir nesse entendimento.
Um dos aspectos importantes na relação entre o marketplace e o seller está relacionado diretamente aos valores correspondentes a cada um dos envolvidos nas transações de venda. Por fim, estar em mais de um marketplace é vital para que o seller possa distribuir melhor suas vendas e, para que isso aconteça, o ideal é contar com os melhores parceiros, desde a gestão do seu estoque à conciliação financeira, para que ele possa focar no seu produto e na sua operação.